Show – Música | Livre | 80 min.

14 de dezembro de 2023

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Com 74 anos de idade e 61 de carreira, Cecília tem a música como companheira desde muito pequena. Aos 5 começou a aprender os primeiros passos no piano e, depois, no acordeon. Paralelamente, estudava violão popular sozinha. Aos 11 passou a dar aulas para outras crianças de sua família, ensino esse que a acompanharia por toda sua carreira já que, ao longo dos últimos 30 anos, lecionou no Centro de Formação Artística (CEFAR) do Palácio das Artes. 

Agora, se prepara para lançar seu segundo álbum com composições próprias, algumas parcerias e poemas musicados, com o luxuoso auxílio do multi-instrumentista Rogério Delayon nos arranjos e na direção musical 

“Esse trabalho vem coroar toda uma vida dedicada à música. As composições trazem a combinação dos diferentes gêneros que fazem parte da nossa MPB, desde o chorinho, à moda de viola, à bossa nova, ritmos temperados pelo sabor do jazz… Para isso, juntei um grupo querido de amigos músicos renomados que deram um brilho ainda maior ao que pensei em apresentar”, conta Cecília. Para ela, o trabalho vai possibilitar que as pessoas possam conhecer melhor o trabalho do músico mineiro. “A maneira do mineiro compor e seu enfoque musical que é peculiar e próprio. Então acho que meu CD – sendo feito por músicos, compositores e poetas daqui -, vai dar uma amplitude nessa visão”. 

A parceria com Rogério Delayon já é antiga. “Conheço ele a fundo já que foi meu aluno no Palácio das Artes, um aluno estudioso e aplicado. Logo depois, começou sua carreira, um músico ímpar. Continuei acompanhando seus passos e admirando tudo o que fazia. Sei da sua enorme capacidade, por isso o escolhi”, confessa Cecília. O disco foi gravado no Estúdio Toca do Leão, entre os meses de março e setembro de 2023 e conta com participações de Lidi Satier, Ladston do Nascimento, George Arrunáteghi, Rita Silva, Felipe Bedetti, entre outros. 

No show do Cine Theatro, Cecília vai apresentar as músicas do álbum e também vai contar com os amigos que participaram do trabalho. “Será uma noite de celebração à música e aos amigos que fiz pelo caminho. Estamos preparando uma apresentação muito linda e emocionante”, explica a musicista. Lançar seu segundo álbum aos 74 anos é um privilégio. “Me dá uma sensação de juventude! O trabalho é sempre bom, rejuvenesce a gente, mantém a chama e o espírito acesos. A gente só envelhece quando para, por isso estou sempre me renovando. Aceito o novo, me mantenho aberta para ele, o que me proporciona coisas como lançar um disco, dando uma sensação de continuidade. E tenho muita coisa pra mostrar ainda”, finaliza Cecília. 

“Cecilia Barreto Autoral II” conta com o apoio da Lei de Incentivo do Fundo Municipal de Cultura.