Rodrigo Garcia estreia com “Singular”, um álbum visceral que sintetiza três décadas de uma trajetória marcada pela liberdade criativa e pela alma do rock brasileiro

O guitarrista, maestro e multi-instrumentista Rodrigo Garcia lança, no dia 28 de junho, seu aguardado primeiro álbum solo — “Singular” —, uma obra densa, sofisticada e inteiramente autoral, que marca um momento definidor em seus mais de 30 anos de estrada na música brasileira.

Conhecido por sua atuação fundamental em projetos como a banda Cartoon e a Orquestra Mineira de Rock, além de sua presença constante como guitarrista na Orquestra Ouro Preto, Garcia sempre navegou entre a música de concerto e a energia crua do rock. Agora, ele dá um passo à frente, apresentando uma criação que é, acima de tudo, uma confissão artística: oito faixas inéditas, compostas, arranjadas e executadas integralmente por ele. Uma entrega completa e corajosa.

Gravado e produzido de forma totalmente independente, no isolamento de seu estúdio em Belo Horizonte, “Singular” é uma jornada sonora que transita entre o rock clássico, o progressivo, o country e baladas densas, revelando com clareza a identidade plural e a maturidade estética de um artista que sempre se recusou a se encaixar em rótulos. O álbum pulsa como um reflexo honesto de sua trajetória e, sobretudo, de sua essência.

“É o álbum que eu sempre quis fazer, com total liberdade criativa. É também um mergulho íntimo nos sentimentos que marcaram minha vida — amor, solidão, superação e, acima de tudo, felicidade e realização”, confessa Rodrigo, em tom direto, refletindo a entrega emocional que marca o disco do início ao fim.

Graduado em violoncelo, composição e regência pela UFMG, Rodrigo Garcia construiu uma carreira sólida e multifacetada, que inclui turnês por Europa, Estados Unidos, Canadá e Brasil, ao lado de nomes como Alceu Valença e com projetos emblemáticos como o concerto The Beatles, da Orquestra Ouro Preto, que o levou a Liverpool, empunhando sua guitarra vermelho-vinho.

“Singular” soa como uma síntese dessa trajetória, mas também como um ponto de partida: é o momento em que Rodrigo expõe, sem nenhum filtro, a potência da sua expressão individual. A guitarra, seu primeiro instrumento, guia a narrativa de um álbum que se recusa a seguir fórmulas, preferindo a honestidade bruta de quem conhece profundamente a tradição, mas escolhe o risco da invenção.

A mixagem e masterização ficaram a cargo de Bruno Corrêa, enquanto o ensaio visual do álbum leva a assinatura de Bruno Maluf — completando uma obra em que cada detalhe é construído artesanalmente, reforçando o caráter autoral e pessoal do projeto.