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Fernanda Gonzaga: “Toda pessoa pode ser invenção”­ – Homenagem aos 70 anos de Gonzaguinha

Show l Livre l 85 min.

Fernanda Gonzaga: “Toda pessoa pode ser invenção” – ­Homenagem aos 70 anos de Gonzaguinha

Sempre cantei. Quer dizer, sempre não. Não em público. A timidez, por muito tempo, passou à frente da minha paixão pela música. Mas sempre quis cantar, me via cantando e, aturalmente, em casa, a música estava  concretamente no ar. A brincadeira entre irmãs era vocal; mesmo inconscientemente cantar, cantar, cantar. E o brincar virou a vida, virou vício, virou ofício através do exercício das vozes, do som e mais, que só desenvolvi a partir do meu encontro com Paula Leal e Isadora Medella (e junto da minha irmã Amora Pêra), que gerou as Chicas em 1Grande Theatro Unimed-BH6. Com elas passei dezesseis anos da minha vida, gravei 2 discos, 1 DVD e, com toda a particularidade com que brincamos e abordamos arranjos, criamos uma boa variedade de shows, onde nos permitimos  experimentar, arriscar, descobrir junto ao público, o caminho que queríamos traçar. Assim como avô, pai, irmão ­ e sempre levando conosco algumas de suas canções ­ pegamos as estradas e tocamos em palcos e caminhões pelo Brasil, posso dizer, de norte a sul.

Até que em 2011 senti necessidade de calar um instante e me repensar enquanto cantora. Parti das Chicas e, depois de um tempo, parei em silêncio. Quase não cantei por dois anos e meio até encontrar um caminho de volta à minha expressão. Buscar minha voz, minhas influências, minha fluência. Esse caminho, como uma volta às raízes ­ à minha própria casa ­ naturalmente se deu através da obra de meu pai. Passei muito tempo propondo a outros artistas que  cantassem a obra do meu pai, Gonzaga Jr., no sonho de ver suas palavras recolocadas no presente, ouvir as melodias que me forjaram em outras vozes e ver essa obra desdobrada por outros olhares ­ ser replantada. Mas assim que me vi diante de tantas dúvidas sobre meu caminho como cantora, me dei conta de que quem mais tinha urgência de cantar essas canções era eu, no sentido humano de ao mesmo tempo achar meu rumo sonoro e meu chão. Nada mais certo que as belezas estranhas de casa.

Em 2014, junto com Bernardo Ramos, grande músico/ arranjador e, mais que tudo, um amigo provocador, escolhi algumas faixas e começamos a trabalhar.  Fizemos um pocket show, que apresentamos em poucos lugares, e naturalmente me veio a coceira de gravar; cantar as coisas que apreendi de meu pai neste ano de 2015, em que ele completaria 70 de vida. Músicas que me tocam, que nem sempre são as mais conhecidas por todos, mas que traduzem o entendimento que tenho de mim mesma e do Luizinho que conheci. Sua força, suas dificuldades. Algumas canções são relíquias quase escondidas, pérolas esquecidas, como “Pessoa” e “Plano de Voo”. Haverá no disco duas inéditas, que ele nos deixou de presente: “Relativo” e, não à toa, “Aprender a Sorrir”. E para firmar e lembrar o que importa, “Caminhos do Coração”. Bernardo toca e dirige musicalmente um time de brilhantes músicos. Amigos­parceiros, que desenham  essa cama sonora para que eu possa pular alto no meu primeiro “risco solo”. O disco ganhou o verso “Toda pessoa pode ser invenção” da inédita “Relativo” como título, que acredito resumir bem todo esse momento meu e da música, onde me reinvento, me reencontro. Reencontro minha voz e me refaço de mãos dadas com meu pai. Assim, em som, seguiremos sempre juntos.

datas e horários

VALOR INGRESSOS

ENTRADA
MEIA ENTRADA

Bilheteria: Av. Amazonas, 315 – Centro.
Funcionamento: Seg – Sáb: 12:00 – 21:00 e Dom e feriados: 15:00 – 20:00.
Horário especial nos feriados.
Telefone: (31) 3201.5211 ou (31) 3243.1964

Loja Eventim – Shopping 5ª Avenida (sujeito a taxa de conveniência)
Rua Alagoas, 1314
Loja 20C– Savassi
BR – 30130-160 – Belo Horizonte

Crianças até 02 anos:
Crianças até 02 anos completos possuem gratuidade e permanecem no colo dos pais e/ou responsáveis legais.
A partir de 02 anos e 1 dia, a criança paga meia-entrada mediante apresentação da carteira de identidade ou certidão de nascimento

Meia-entrada:
A Partir de 1/12, de acordo com decreto n° 8.537 de 5 de outubro de 2015, só serão vendidos ingressos de “meia entrada de estudantes”, para aqueles que tiverem as CIEs ( Carteiras de Estudantes ) com os seguintes requisitos:
– Nome completo e data de nascimento do estudante
– Grau de escolaridade
– Foto do estudante
– Nome da instituição de ensino ao qual o estudante está matriculado
– Data de validade até o dia 31 de março do ano subsequente ao de sua expedição
– Certificação digital observando o disposto no inciso 2º do Art 1º da lei nº 12.933 de 2013
. O decreto n° 8.537, não permite que os estabelecimentos aceitem boletos ou carteirinhas de cursos, como comprovantes para a compra da meia entrada.

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